domingo, 24 de abril de 2011

Gêneros Textuais - Aula do dia 18/04

Na aula do dia 18/04, foram trabalhados os textos Tipos e gêneros textuais: modos de leitura e de escrita, de autoria de Edleise Mendes, e Gêneros Textuais, de Ingedore Koch e Vanda Elias.
A partir desses textos, foram discutidos os conceitos de texto, discurso, gêneros textuais, tipos textuais, competência metagenérica, dentre outros concernentes aos estudos sobre tipologia e gêneros textuais.
Com um ponto importante nas discussões, esteve a análise de textos apresentados como exemplos por Koch e Elias. Esses textos ilustravam os casos de heterogeneidade tipológica e intertextualidade intergêneros, casos de hibridismos de tipos textuais e gêneros textuais, respectivamente.
Vejamos abaixo um caso de intertextualidade intergêneros analisado em sala:
                     Notícia: Final Feliz
Após receber o rim da mãe, Anna Paula Reinelt Marques deixou o hospital ontem. A mãe teve de escolher quais das três filhas iria receber o órgão.

Fonte: Folha de São Paulo, 5 mar. 2005.








Comentário: O texto acima é uma notícia de jornal, conforme percebemos pelo conteúdo, composição e função que possui.

Agora vejam o texto abaixo:
Ingredientes:

- 3 filhas com grave problema renal, que há quatro anos fazem diálise e esperam um órgão na fila de transplante;
- 1 mãe que possui apenas dois rins e, deste modo, apenas um disponível para transplante;
- 1 hospital do rim, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo;
- 1 médico especialista em transplante de rim;
- 1 equipe de apoio para este médico.
Modo de Fazer:
- Pegue as filhas, leve-as ao médico e faça-as descobrir a grave doença, deixe-as em banho- maria.
 - Pegue então a mãe e dê a notícia a ela, dizendo também que ela terá de escolher a qual das filhas doará seu rim, reserve.
- Pegue novamente as filhas, dê também esta notícia a elas.
- Este procedimento causará grande ebulição de sentimentos (angústias, ansiedade, tristezas, etc...), espere então que esfrie.
- Coloque as quatro para que decidam juntas qual das filhas receberá o rim.
- Aguarde um certo tempo para que elas se resolvam, enquanto isso vá juntando o dinheiro necessário para o transplante.
- Resolvido? Então leve a mãe e as filhas ao Hospital do Rim e faça com que encontrem o médico e sua equipe.
- Entre então com a mãe e uma das filhas na sala de cirurgia.
- Faça o transplante e deixe as outras duas filhas esperando na fila do transplante.
- Retorne, então, com a filha transplantada e a mãe para casa, e leve as outras duas filhas para o hospital fazer diálise.
 Final feliz?
Autora: Júlia Portela, aluna do curso de Comunicação e Multimeios da PUC – SP.

Comentário: O texto acima exemplifica um caso de intertextualidade intergêneros. Temos, formalmente, uma receita culinária assumindo a função de um artigo de opinião, visto que a função desse texto não é, de fato, passar instruções de como preparar algo, mas sim opinar a respeito de um fato real, à época, noticiado pela mídia.

* Sobre a distinção entre tipos e gêneros textuais, temos que:
- Gêneros textuais: textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica (MARCUSCHI, 2005, p. 22 apud MENDES, 2008, p. 175). São ilimitados: carta, torpedo, bilhete, telefonema, diálogo, relatório, resumo, piada, tira em quadrinhos, palestra, recado, convite, charge, aula etc.
- Tipos textuais: sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição. (MARCUSCHI, 2005, p. 22 apud MENDES, 2008, p. 176). São limitados: narração, descrição, argumentação, exposição e injunção.

Aconteceu na aula do dia 11/04

Na aula do dia 11/04, os alunos leram os textos que produziram sobre o espaço da Universidade. Após cada leitura, os colegas interagiram com comentários, questionamentos etc.



No segundo momento da aula, foi iniciada a discussão do texto "Tipos e gêneros textuais: modos de leitura e de escrita", de autoria de Edleise Mendes.

Confiram o texto na íntegra, clicando no link sugerido no site abaixo:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/viewDownloadInterstitial/3089/2622

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O espaço da Universidade

 Durante o intervalo da aula do dia 04/04, os alunos foram convidados a "explorar" alguns espaços do Campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia, com o objetivo de posteriormente produzirem um texto sob a temática "O espaço da Universidade".
Professora e alunos visitaram a Biblioteca Central e a Faculdade de Comunicação, além de terem como pontos de referência o pátio externo do Campus, o Instituto de Letras e o PAF III, locais onde circulam para as atividades acadêmicas cotidianas.

Biblioteca Central da UFBA




Confiram os comentários dos alunos sobre "O espaço da Universidade"!!

"Diferentes formas de ler" & "A leitura fora do livro"

No dia 04/04, os textos discutidos na aula foram "Diferentes formas de ler", de Márcia Abreu, e "A leitura fora do livro", de autoria de Lúcia Santaella. O primeiro, de autoria da professora e pesquisadora de Deparatmento de Teoria da Literatura da UNICAMP, trata da história da leitura e aponta para as diversas práticas sociais de leitura, além da escolar.




No segundo texto trabalhado na aula, "A leitura fora do livro", Lúcia Santaella, da PUC/SP, expõe três tipos de leitores constituídos ao longo da história (o leitor contemplativo, meditativo; o leitor fragmentado, movente e o leitor virtual), enfatizando que cada tipo de leitura exige do leitor diferentes habilidades.

Leia os textos na íntegra:

"Diferentes formas de ler" : http://www.unicamp.br/iel/memoria/Ensaios/Marcia/notasmarcia.htm

"A leitura fora do livro": http://www.pucsp.br/pos/cos/epe/mostra/santaell.htm

quarta-feira, 6 de abril de 2011

"Lutar com Palavras"


No primeiro momento da aula do dia 28/03, foi discutido o texto “Lutar com palavras”: o processo de desenvolvimento da leitura e da escrita de alunos de ensino superior. O texto, de autoria da professora e pesquisadora do Instituto de Letras da UFBA Edleise Mendes, expõe a problemática do despreparo dos alunos para a produção de textos e das dificuldades que enfrentam para a compreensão e interpretação textual nesse nível de ensino. Em relação a esse despreparo e a essas dificuldades, que são constatados pela autora na prática como professora do Curso de Letras, seu esforço dirige-se à discussão de ações para desenvolver competências de leitura e escrita nos alunos, a partir de princípios e orientações didático-pedagógicas, visto que as causas do despreparo e das dificuldades dos alunos já são conhecidas,   pois, como coloca a autora, “A questão mais relevante, pelo menos neste espaço de reflexão, não é discutir as causas do problema, mas apontarmos caminhos que possam contribuir para o desenvolvimento dos nossos alunos como sujeitos que devem ser capazes de pensar sobre o que lêem e o que escrevem” (MENDES, 2006, p. 11). Alguns pontos de partida apontados para contribuir com esse movimento de maior reflexão são: a desconstrução de concepções equivocadas que os alunos trazem de língua/linguagem, de ensinar e aprender e do que seja o conhecimento da língua materna; o trabalho do professor com a autoestima dos estudantes de modo a valorizá-los como sujeitos que podem crescer e aprender independentemente das dificuldades que apresentem; a exposição do aluno a diferentes tipos de experiências de leitura de textos e o trabalho contínuo de reescrita, monitoração e reflexão sobre os textos que são produzidos. Assim, torna-se mais viável e menos sofrido para os alunos a redescoberta de novos modos de relacionarem-se com o mundo através da língua.
Referência Completa: MENDES, Edleise. “Lutar com palavras”: o processo de desenvolvimento da leitura e da escrita de alunos de ensino superior. In: RIVERO, Sérgio; ARAGÃO, E. (Org.) Lutar com palavras: leitura, escrita e gêneros textuais. Salvador: Associação Baiana de Educação e Cultura, 2006. p. 9-22.
No segundo momento da aula, foram discutidas as principais concepções de língua, leitura e escrita, o que evidenciou, de fato, que os alunos apresentam concepções tradicionalistas, em acordo ao que é repassado para eles na escola. A partir das concepções mencionadas pelos alunos, que foram comentadas e discutidas, partimos para a reflexão de concepções interacionistas, que serão as que atenderão com mais adequação aos nossos objetivos enquanto atores sociais e professores / professores em formação de uma língua que é cada vez mais viva e dinâmica.